Taylor Swift criticada por usar vídeos gerados por IA em campanha com a Google

By | 10/10/2025

A mais recente campanha de marketing de Taylor Swift para o seu novo álbum, “The Life of a Showgirl”, está a gerar uma onda de críticas nas redes sociais. A cantora, que já se manifestou publicamente contra o uso indevido de tecnologias de Inteligência Artificial na arte, foi acusada de hipocrisia após os fãs terem detetado que os vídeos promocionais da campanha foram, ao que tudo indica, criados com recurso a IA.

Uma caça ao tesouro que acabou em controvérsia

Para promover o seu 12.º álbum de estúdio, a equipa de Taylor Swift colaborou com a Google numa espécie de caça ao tesouro global. A iniciativa convidava os fãs a encontrar 12 portas cor de laranja espalhadas por 12 cidades, de Nova Iorque a Paris. Cada porta continha um código QR que, ao ser digitalizado, revelava vídeos secretos com pistas para desvendar uma mensagem final.

No entanto, o que deveria ser uma celebração interativa rapidamente se transformou num foco de polémica. Os vídeos, que retratam ambientes de bares e cenários inspirados na Art Nouveau, apresentavam várias falhas visuais que não passaram despercebidas aos olhares mais atentos.

detalhes de erros

Os erros que denunciaram a Inteligência Artificial

Os utilizadores da internet não demoraram a identificar pormenores bizarros nos vídeos promocionais, sinais clássicos de conteúdo gerado por Inteligência Artificial. Entre os erros apontados estavam dedos de personagens que se fundiam com objetos, letras a faltar em livros e distorções inexplicáveis em detalhes da arquitetura, como proporções estranhas e elementos visuais com falhas evidentes.

imagem com erro

Estas “alucinações” visuais são comuns em modelos de IA que ainda lutam para replicar com perfeição a complexidade do mundo real, especialmente em pormenores como mãos e texto.

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Fãs acusam cantora de “hipocrisia”

A descoberta levou a um intenso debate nas redes sociais, com muitos a acusarem a artista de contradição. Taylor Swift já se tinha posicionado contra a manipulação digital e os deepfakes, especialmente depois de terem circulado imagens falsas que a associavam a apoios políticos que nunca deu.

A discussão aqueceu em plataformas como o Reddit, onde vários utilizadores expressaram o seu desapontamento. “Para alguém que sempre falou sobre o valor do trabalho criativo humano, isto é dececionante”, escreveu um fã. Outro comentário apontava: “Ela é rica demais para precisar de recorrer à IA”.

Esta situação surge num momento delicado para a indústria musical, que trava batalhas judiciais contra gigantes da tecnologia sobre o uso de obras protegidas por direitos de autor para treinar modelos de IA.

(TT)