A Jaguar Land Rover (JLR) foi vítima de um ciberataque que forçou a gigante automóvel a desligar proativamente vários dos seus sistemas informáticos a nível global. A medida, tomada para mitigar os danos, resultou numa disrupção severa das atividades de produção e venda da empresa.
Num breve comunicado, a fabricante britânica confirmou o incidente, que terá ocorrido durante o fim de semana, uma tática comum entre cibercriminosos para capitalizar a menor capacidade de resposta das empresas.
Produção de modelos como o Range Rover afetada
A paralisação dos sistemas teve um impacto direto nas operações da JLR. A fábrica de Solihull, no Reino Unido, onde são montados modelos populares como o Land Rover Discovery, Range Rover e Range Rover Sport, foi uma das unidades afetadas.
Os primeiros sinais do problema surgiram nos concessionários britânicos, que reportaram incapacidade de registar novos veículos ou de fornecer peças nos pontos de assistência. A empresa está a trabalhar para restaurar as suas aplicações globais de forma controlada, mas ainda não forneceu um prazo para o regresso à normalidade.
Dados dos clientes seguros, mas o mistério continua
Apesar da gravidade da situação, a JLR adiantou que, nesta fase, não existem evidências de que os dados dos seus clientes tenham sido comprometidos ou roubados. A empresa, que pertence ao grupo indiano Tata Motors desde 2008, gera receitas anuais superiores a 34 mil milhões de euros (cerca de 29 mil milhões de libras) e emprega 39.000 pessoas.
Até ao momento, nenhum grupo de ransomware ou outro coletivo de hackers reivindicou a autoria do ataque, deixando no ar o tipo de incidente e as suas motivações. Segundo a Jaguar Land Rover, as equipas estão a trabalhar “a um ritmo acelerado” para resolver a situação.
(TT)
