Uma decisão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) pode impactar não apenas o Google, mas também a Apple de forma significativa.
Segundo o jornal The Washington Post, o governo dos EUA manteve a proposta da administração Biden para dividir o negócio de buscas do Google, forçando a venda do navegador Chrome.
Essa medida visa reduzir o domínio da empresa no mercado de pesquisas online, mas traz consequências inesperadas para a Apple.
O caso ganhou força em agosto de 2024, quando o juiz federal Amit Mehta determinou que o Google mantém práticas monopolistas no setor de buscas.
Como solução, a empresa pode ser obrigada a vender o Chrome, permitindo que um novo concorrente opere um navegador sem influência direta do Google. O DOJ reforçou essa ideia recentemente, afirmando que essa mudança abriria espaço para maior concorrência na internet.
Se a venda do Chrome realmente acontecer, o impacto será gigantesco. Atualmente, o navegador tem mais de 66% de participação no mercado global, sendo uma peça-chave para o Google manter sua dominância nas buscas.
No entanto, para a Apple, a consequência pode ser uma perda de US$ 20 bilhões em receitas. Isso porque o Google paga essa quantia anualmente para ser o mecanismo de busca padrão no Safari, o navegador oficial dos dispositivos Apple.
Caso o Chrome se torne independente, esse acordo pode deixar de existir.
Diante desse cenário, a Apple já tentou intervir no processo. Em janeiro, a empresa entrou com um pedido emergencial para suspender o caso, alegando que seus interesses não estavam sendo levados em consideração. O juiz Mehta rejeitou a solicitação, mas permitiu que a Apple apresentasse seus argumentos após as audiências.
A empresa já deixou claro que não pretende criar um mecanismo de busca próprio para competir com o Google, defendendo o acordo atual como essencial.
No entanto, há rumores de que a Apple vem explorando a criação de uma tecnologia de busca poderosa, talvez como uma forma de se proteger no futuro.
(Discovery)