Países do G7 unidos na promoção da utilização responsável da inteligência artificial

By | 03/05/2023

Foram definidos cinco princípios fundamentais para regular a utilização da IA: Estado de direito, garantias jurídicas, democracia e respeito pelos direitos humanos e aproveitamento de oportunidades para promover a inovação.

Os ministros responsáveis pela Digitalização e Tecnologia do G7 concordaram hoje em promover o uso responsável da inteligência artificial face ao avanço destes sistemas e à sua potencial utilização para minar quadros democráticos e violar a privacidade das pessoas.

“À medida que as tecnologias de inteligência artificial (IA) generativas se tornam cada vez mais proeminentes em todos os países e setores, reconhecemos a necessidade de fazer um balanço a curto prazo das oportunidades e desafios destas tecnologias e continuar a promover a segurança e a confiança nelas”, afirmaram os ministros do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) numa declaração conjunta após uma reunião de dois dias no Japão.

Países do G7 unidos na promoção da utilização responsável da inteligência artificial

A declaração cita cinco princípios fundamentais para regular a utilização da IA e de outras tecnologias emergentes: Estado de direito, garantias jurídicas, democracia e respeito pelos direitos humanos e aproveitamento de oportunidades para promover a inovação.

Durante a reunião em Takasaki, cidade localizada a cerca de 107 quilómetros a noroeste de Tóquio, os ministros decidiram também aprovar um plano para “criar ambientes abertos e propícios à inovação responsável através da IA”.

O plano apela aos países para que participem ativamente no desenvolvimento de normas internacionais sobre a regulamentação da IA e promovam o diálogo sobre questões como a avaliação de riscos.

Os responsáveis pela Digitalização e Tecnologia dos países do G7 (Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) e União Europeia (UE) comprometeram-se também a promover a construção de infraestruturas de redes mais seguras para os países emergentes ou em desenvolvimento e a melhoria da conectividade dos cabos submarinos.

Ao mesmo tempo, aprovaram planos para reforçar as infraestruturas digitais face aos seus usos autoritários, que podem envolver, por exemplo, o encerramento ou restrições ao acesso à Internet, e prevenir a violação direta dos direitos humanos, através da utilização de ferramentas digitais, como a produção e distribuição de notícias falsas ou manipuladas e outras atividades de desinformação utilizadas, como na invasão russa da Ucrânia.

“Decidimos cooperar para tornar visíveis e abordar as táticas do autoritarismo digital”, sublinham no comunicado, assegurando que o G7 continua comprometido em proteger suas “instituições e valores democráticos de ameaças estrangeiras”.

Além da Rússia, a mensagem dirige-se a países como a China, onde se acredita que a vigilância digital e outras ferramentas de alta tecnologia são usadas para reprimir a liberdade de expressão e violar outros direitos e liberdades fundamentais, refere a agência de notícias Efe.

A reunião contou com a presença de ministros da Ucrânia e também da Índia e da Indonésia, que acolhem este ano as reuniões do G20 e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), respetivamente.

(TSF)