Esta é a cicatriz deixada pelo asteroide que acabou com os dinossauros, escondida sob o solo do México: a Cratera de Chicxulub

By | 05/10/2025

Esta é a cicatriz deixada pelo asteroide que acabou com os dinossauros, escondida sob o solo do México, conhecida como Cratera de Chicxulub. Localizada na Península de Yucatán, ela representa um dos maiores eventos de transformação da história do planeta. Formada há aproximadamente 66 milhões de anos, quando um asteroide com cerca de 10 a 12 quilômetros de diâmetro atingiu a Terra, a cratera continua sendo um marco geológico e científico de extrema relevância.

Com impressionantes 180 quilômetros de diâmetro e mais de 20 quilômetros de profundidade em algumas áreas, a Cratera de Chicxulub não é visível a olho nu na superfície, já que boa parte dela está submersa pelo mar e recoberta por camadas de sedimentos acumulados ao longo de milhões de anos. No entanto, estudos de geofísica, perfurações de rochas e imagens de satélite permitiram mapear sua estrutura, revelando detalhes sobre a magnitude do impacto.

O choque do asteroide contra a Terra liberou uma energia equivalente a bilhões de bombas atômicas, provocando consequências globais imediatas. O calor extremo gerado no momento da colisão incinerou tudo ao redor, criando incêndios de proporções colossais. O impacto também desencadeou tsunamis que percorreram oceanos inteiros, atingindo regiões distantes do local da queda. Além disso, enormes quantidades de poeira, fuligem e enxofre foram lançadas para a atmosfera, bloqueando a luz solar por meses ou até anos.

Esse bloqueio reduziu drasticamente a fotossíntese, interrompendo cadeias alimentares terrestres e marinhas. A queda na temperatura global resultou em um verdadeiro inverno pós-impacto, tornando o ambiente hostil para muitas espécies. Estima-se que cerca de 75% de todas as formas de vida da época tenham sido extintas, incluindo não apenas os dinossauros, mas também inúmeras espécies de plantas, répteis marinhos e organismos microscópicos.

A Cratera de Chicxulub, portanto, não é apenas uma cicatriz geológica, mas um lembrete do quão vulnerável o planeta está a forças externas. Sua descoberta, confirmada por cientistas nos anos 1990, reforçou a hipótese de que impactos de asteroides podem ter desempenhado papel decisivo na evolução da vida. Desde então, ela tem sido alvo de intensas pesquisas internacionais, envolvendo geólogos, paleontólogos e astrofísicos, que buscam compreender melhor os efeitos desse evento catastrófico.

Hoje, a região de Yucatán guarda sob suas terras e águas a memória desse choque cósmico que remodelou o planeta. Cada estudo realizado na Cratera de Chicxulub contribui para explicar como a vida foi capaz de se reconstruir após tamanha destruição e como esse episódio abriu espaço para a ascensão dos mamíferos, incluindo, milhões de anos depois, o surgimento da espécie humana.