
A Meta acaba de finalizar a aquisição da PlayAI, uma startup californiana que desenvolveu uma ferramenta de inteligência artificial para clonagem de voz, segundo avança a Bloomberg. A notícia, baseada num memorando interno da gigante tecnológica, revela que toda a equipa da PlayAI se juntará à Meta já na próxima semana.
O que é a PlayAI e qual o seu futuro na Meta?
A tecnologia da PlayAI permite não só clonar a voz de um utilizador, mas também gerar novas vozes de sonoridade humana que podem ser utilizadas em websites, aplicações e telemóveis. Após a integração, a equipa ficará sob a alçada de Johan Schalkwyk, um antigo responsável pela investigação de IA de voz na Google, que foi também ele uma contratação recente vinda de outra startup do setor.
No seu comunicado interno, a Meta referiu que o trabalho da equipa da PlayAI representa um “excelente complemento” para os seus próprios projetos e para o roteiro de vários produtos, incluindo o Meta AI, as suas Personagens de IA e os seus wearables. A empresa confirmou a aquisição, mas não divulgou o valor do negócio.
Uma estratégia agressiva para dominar a superinteligência artificial
Este movimento faz parte de uma ofensiva liderada pessoalmente por Mark Zuckerberg nos últimos meses para construir uma equipa de topo para o novo laboratório de Superinteligência Artificial da empresa. O objetivo é claro: desenvolver uma inteligência artificial mais inteligente que os humanos.
Em junho, a Meta já tinha finalizado um investimento de 14,3 mil milhões de dólares na Scale AI, uma startup que se dedica à rotulagem de dados para treino de IA. Em troca, contratou o seu CEO, Alexandr Wang, para chefiar o novo laboratório.
Bónus milionários para recrutar os melhores talentos
A Meta tem sido implacável na sua caça aos melhores cérebros da indústria. Segundo a Reuters, a empresa tem oferecido bónus que chegam aos 100 milhões de dólares para convencer funcionários de empresas rivais a mudarem de camisola.
A lista de talentos “roubados” à concorrência inclui co-criadores dos modelos ChatGPT e GPT-4 da OpenAI, bem como pessoas que trabalharam no Gemini da Google. A Bloomberg já tinha noticiado também que a Apple perdeu para a Meta o seu principal executivo de IA, que estava encarregue do desenvolvimento das suas funcionalidades de inteligência artificial avançada.
(TT)
