Como o Google está correndo contra o tempo para lidar com o sucesso do ChatGPT

By | 26/03/2025

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) se tornou o grande campo de batalha entre as gigantes da tecnologia.

A OpenAI surpreendeu o mundo com o lançamento do ChatGPT em 2022, e o Google, que já liderava pesquisas em IA há anos, se viu pressionado a reagir rapidamente.

Internamente, a empresa teria dado um prazo de 100 dias para sua equipe desenvolver um concorrente à altura, dando início a uma das disputas tecnológicas mais intensas dos últimos tempos.

Hoje, dois anos depois, a IA do Google evoluiu significativamente. Os modelos da linha Gemini, lançados após o primeiro experimento com o Bard, já estão entre os melhores do mercado, competindo diretamente com o ChatGPT em plataformas como a Chatbot Arena.

A vice-presidente da área de IA do Google, Sissie Hsiao, descreveu esse período como uma verdadeira “maratona em ritmo de sprint”, destacando os desafios de desenvolver um produto robusto e competitivo em tempo recorde.

A trajetória, no entanto, não foi isenta de desafios. O primeiro lançamento do Bard, em fevereiro de 2023, trouxe um erro em um anúncio de demonstração, impactando sua recepção pelo público.

Mais tarde, em dezembro do mesmo ano, o Google reformulou sua estratégia e renomeou o assistente para Gemini, trazendo avanços significativos.

No início de 2024, outro contratempo surgiu quando seu gerador de imagens apresentou erros históricos, o que levou a empresa a revisar o sistema antes de relançá-lo meses depois.

Mesmo com esses obstáculos, o Google segue confiante. Sundar Pichai, CEO da Alphabet, afirmou que a empresa continua na liderança da revolução da IA e planeja investir US$ 75 bilhões neste ano para acelerar seu desenvolvimento.

O grande diferencial do Gemini será sua capacidade de personalização, permitindo que ele se lembre de informações e execute tarefas de forma integrada em diferentes serviços do Google.

Desde 2016, a empresa se define como “AI-first”, ou seja, priorizando a inteligência artificial em seus produtos — e tudo indica que essa aposta só tende a crescer.

(Gogle Discovery)