Já era algo que tínhamos aqui revelado, mas agora é mesmo oficial, a WeWork, aquele que até agora era o rei dos espaços de coworking (escritórios com espaços partilhados) pediu a sua falência nos Estados Unidos. Isso significa que o processo de insolvência deu agora inicio sobre a proteção do artigo 11.
WeWork em vias de desaparecer
O grupo planeia fazer o mesmo para a sua subsidiária do Canadá, mas especifica que as atividades de outras subsidiárias fora da América do Norte não são afetadas por este pedido de falência. Recorde-se que o procedimento de pedido de falência ao abrigo do artigo 11 permite às empresas renegociar as suas dívidas, o que por vezes resulta no regresso da atividade.
A falência da WeWork era mais do que provável desde a última publicação dos resultados do grupo, resultados prejudicados por enormes perdas (que contabilizam milhares de milhões de dólares) e pela ausência de apoio de novos investidores. A agência de classificação S&P baixou a sua classificação, que então caiu na categoria de “inadimplência parcial”.
Os (muito) grandes problemas financeiros da WeWork começaram com a pandemia em torno do Covid-19 e a generalização do teletrabalho. A necessidade de espaço de coworking tornou-se então mais rara e o mercado nunca recuperou as dimensões que tinha antes de 2020. A empresa foi, no entanto, avaliada em até 47 mil milhões de dólares, uma capitalização que parece quase surreal, enquanto ao preço atual (80 cêntimos por ação) a avaliação fica-se por apenas 44,4 milhões… Um destino particularmente brutal…
(N&T)