A Inteligência Artificial tem lugar no combate às doenças mentais? Psiquiatras procuram resposta

By | 16/10/2023

A psiquiatra Joana Raposo Gomes defende que é possível evitar riscos de desumanização dos cuidados de saúde mental com recurso às novas tecnologias, apelando aos profissionais desta área para “trabalhem em conjunto” com os programadores.

Pode a Inteligência Artificial ter um papel no diagnóstico e tratamento de problemas de saúde mental? A busca pela resposta a esta questão leva um conjunto de psiquiatras a reunirem-se esta sexta-feira e sábado, em Bragança.

O encontro é da Associação Psiquiátrica Alentejana, que escolheu como tema a virtualidade da realidade, levando a uma reunião de dois dias na cidade transmontana.

Joana Raposo Gomes realça que "existe uma democratização na acessibilidade a estas novas tecnologias"

Joana Raposo Gomes, psiquiatra e uma das organizadoras, considera que a psiquiatria atual não pode ignorar o contributo da tecnologia para o bem-estar dos doentes.

“Na nossa realidade convidamos a virtualidade a entrar. Nós já temos o que é a realidade ou o que tem vindo a ser a nossa realidade de intervenção na doença mental, na doença psiquiátrica, já temos essa realidade, mas também já temos a realidade das tecnologias dentro da saúde mental e dentro das áreas do diagnóstico, do tratamento, da prevenção de recaída”, explica, em declarações à TSF, sublinhando que a tecnologia já faz parte da “nova realidade”.

(TSF)