Uma recente reinterpretação da Primeira Lei de Newton, feita pelo filósofo Daniel Hoek, levanta dúvidas sobre a interpretação tradicional da lei e argumenta que um erro de tradução da palavra latina “quatenus” de “na medida em que” para “a menos que” pode ter distorcido o princípio da física. Isso desafia a ideia convencional de que um objeto permanece em movimento ou repouso, a menos que uma força externa atue sobre ele, sugerindo que as forças externas estão sempre em ação, e destaca a importância de restaurar a interpretação original da lei para uma compreensão precisa da física newtoniana.
Uma reinterpretation da Primeira Lei de Newton, que surgiu recentemente em um artigo publicado na revista de filosofia “Philosophy of Science”, está intrigando a comunidade científica por duas razões: primeiro, por seu aparecimento em uma publicação filosófica, e segundo, porque o autor, Daniel Hoek, é um filósofo da linguagem e da matemática, além de professor assistente na Faculdade de Artes Liberais e Ciências Humanas da Universidade Virginia Tech, nos EUA.
O equívoco se relaciona à chamada “lei da inércia”, que afirma que um objeto permanece em repouso ou em movimento uniforme em linha reta, a menos que uma força externa aja sobre ele, e que Newton teria formulado. No entanto, Hoek argumenta que essa afirmação, muitas vezes memorizada para exames como o ENEM, pode não estar correta, desafiando assim a interpretação tradicional da lei.
Uma reinterpretação da física newtoniana recentemente apresentada por Daniel Hoek, um filósofo da linguagem e da matemática na Universidade Virginia Tech, questiona a interpretação tradicional da Primeira Lei de Newton, sugerindo que o equívoco de três séculos pode ter surgido devido a um erro de tradução. Essa reinterpretação desafia a ideia de que um objeto continuará em movimento ou em repouso, a menos que uma força externa intervenha, argumentando que as forças externas estão sempre em ação, contrariando a interpretação anterior.
Afinal, qual foi o erro de tradução da obra de Isaac Newton?
Uma revisão cuidadosa do texto original em latim por Daniel Hoek revelou um erro de tradução que passou despercebido por séculos. O equívoco residia na paráfrase que transformou a palavra latina “quatenus” de “na medida em que” para “a menos que” na obra britânica. Essa correção, identificada por dois estudiosos em 1999, tem um impacto significativo no princípio da física. Restaurando a palavra original “na medida”, Hoek e outros argumentam que esse erro de tradução distorceu a interpretação da Primeira Lei de Newton e que a correção coloca o princípio da física de volta em sua forma original. O exemplo de um pião girando, citado por Newton, ilustra como o físico entendia a aplicação da Primeira Lei aos objetos no mundo real.
(Engenhariae)