O mercado de mangás no Japão é uma verdadeira indústria. São centenas de histórias publicadas todos os anos — e esse número está em constante crescimento, já que sempre há algum título novo chegando às páginas das revistas. Isso sem falar daquelas obras que são lançadas diretamente para a internet e que ajudam a tornar todo o setor editorial japonês uma potência inigualável.
E é claro que a gente pensa em One Piece, Dragon Ball, Kimetsu no Yaiba e outros mangás que são sucesso, mas a verdade é que esse mar de publicações também esconde algumas coisas obscuras e até mesmo bizarras. A gente sabe o quanto a imaginação dos autores nipônicos consegue ser bem peculiar às vezes e isso fica muito claro quando olhamos para algumas obras.
Seja por causa de uma premissa bastante peculiar ou por situações fora do comum, não faltam exemplos de mangás bizarros para você conhecer — ou, pelo menos, saber da existência. Então, para provar que a imaginação realmente não tem limites, o Canaltech listou os 7 mangás mais bizarros do Japão.
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7. Rooster Fighter
Existem duas estruturas bem clássicas dentro dos mangás shounen no Japão: as histórias de heróis (como One Piece e Dragon Ball) e aquelas que são releituras de esportes ou jogos, como o próprio Pokémon e Beyblade, por exemplo. E, no meio desses dois extremos, temos o curioso Rooster Fighter.
Como o próprio nome já deixa bem claro, o mangá é focado em um galo de briga que viaja pelo Japão usando toda sua habilidade conquistada nos ringues ilegais para fazer justiça e salvar o mundo de demônios mutantes. Mais do que isso, ele busca vingança e jurou eliminar cada um desses monstros desde que eles mataram sua irmã.
O mangá é uma enorme paródia desses dois estilos narrativos e faz isso muito bem a partir da figura de Keiji. Ele é o protagonista clássico de um shounen porradeiro, com o simples detalhe de que ele é um galo muito mal encarado. E ele brinca com todos os clichês possíveis, incluindo os aliados galináceos que encontra e até os romances não correspondidos.
É tão bizarro que fica sensacional. E, por incrível que pareça, Rooster Fighter foi publicado no Brasil.
6. Keijo!!!!!!!!
O esporte é outro gênero bastante popular no Japão, com diversos mangás explorando diferentes modalidades e das mais variadas formas. Contudo, Keijo!!!!!!!! decide criar seu próprio jogo e o faz de um jeito bastante único: uma guerra de bundas e peitos.
O mangá publicado pela Shounen Sunday Comics explora esse esporte fictício em que garotas disputam de biquíni sobre uma plataforma no meio de uma piscina. O objetivo é simples: derrubar a adversária na água. Só que, para isso, elas podem usar apenas golpes com as já citadas partes do corpo.
Desnecessário dizer que o quadrinho traz um tom bem apelativo, mas que se torna cômico pelo bizarro — principalmente quando as personagens usam seus golpes especiais com a bunda.
5. Saint Young Men
Deixando a perversão de lado, vamos para o outro extremo — a santidade. Afinal, Saint Young Men imagina uma situação um tanto quanto inusitada: o que aconteceria se Jesus Cristo e Buda voltassem ao mundo atual e decidissem dividir um apartamento em Tóquio.
É uma comédia bastante inusitada que acompanha a dupla de protagonistas enquanto eles tentam esconder suas identidades e buscam entender a sociedade moderna. Isso os coloca em situações bem particulares e que brincam com as imagens dessas divindades. Enquanto Buda é alguém muito calmo e tranquilo, Jesus é alguém que não esconde seu amor pela humanidade — até de forma um pouco exagerada.
Saint Young Men é um mangá que pode chocar parte do público pelo modo pouco sério com que trata as figuras centrais do Cristianismo e do Budismo, mas que foi muito bem aceito pelo público desde que começou a ser publicado, em 2006, e chegou até a ganhar uma versão em live-action. Parte disso está no bom humor das situações em que os heróis são colocados.
4. Midori Days
Por incrível que pareça, masturbação é um tema recorrente em mangás no Japão e Midori Days usa uma piada recorrente sobre o tema como seu principal ponto de partida. Sabe aquele papo de que a mão direita de um onanista é sua melhor amiga? Nesta história, isso é literal.
A trama é centrada no garoto encrenqueiro da escola que, por causa de sua fama de mau, acaba tendo uma vida amorosa bastante patética. Vivendo apenas na solidão do cinco contra um, eis que ele acorda um belo dia e descobre que sua mão direita ganhou a forma de uma garota. Mais do que isso, ela diz que sempre o amou.
E o mangá gira em torno desse bizarro relacionamento, mostrando como o início conturbado e um tanto perturbador vai se tornando uma bela e quase romântica amizade.
3. Oretama
Mais um mangá com a temática masturbação, desta vez com uma pegada mais fantástica. Em Oretama, descobrimos que a Rainha do Terror foi aprisionada dentro dos testículos de um rapaz comum — tudo em prol da humanidade. Por isso, ela não pode relaxar em momento algum, sob o risco de liberar essa entidade demoníaca.
Como se isso não fosse problema o bastante, uma jovem demônio é enviada à Terra com a missão de libertar esse mal absoluto preso entre as pernas do herói. Assim, o rapaz passa a ser tentado de todas as formas possíveis a botar tudo para fora ao mesmo tempo em que essa diabinha vê seu prazo ficar cada vez mais curto.
2. Bobobo-bo Bo-bobo
Em Bobobo-bo Bo-bobo, não é apenas o nome que é bizarro. Tudo em torno desse mangá é impressionantemente único. Afinal, de que outra forma definir uma história em que a humanidade vive sob a ditadura dos carecas, comandada por um czar calvo que deu início a uma enorme cruzada contra todo cabelo do mundo.
E é em meio a esse reinado de horror é que surge o herói Bobobo-bo Bo-bobo, um rebelde que não só é cabeludo como ainda enfrenta o exército do mal com uma estranha habilidade de controlar os pelos do nariz.
Achou bizarro? Pois saiba que não acabou. O protagonista conta com alguns aliados tão peculiares quanto ele próprio, como um adolescente capaz de transformar seus puns em arma. É um negócio em um nível absurdo de insanidade e aleatoriedade.
1. Ore no Kokan wa Bishoujo Datta no ka
O nome original de Ore no Kokan wa Bishoujo Datta no ka não quer dizer absolutamente nada para nós — e, talvez, até seja melhor assim. Afinal, um mangá chamado “Acontece que meu pênis era uma menina bonita” pode ser chocante demais.
A proposta é justamente aquilo que o título sugere. Um belo dia, um estudante do Ensino Médio acorda sem seu pênis. Na verdade, ele descobre que o órgão virou uma garota da sua idade muito bonitinha que passa a acompanhá-lo no dia a dia. E, da mesma forma que em Midori Days, temos todo o conturbado desenvolvimento dessa relação mais do que peculiar.
Como é de se esperar, Ore no Kokan wa Bishoujo Datta no ka é uma comédia que apela para o absurdo da situação e que traz momentos que somente uma proposta insana como essa poderia oferecer. O maior exemplo disso é que a garota sempre aparece nos quadros com uma silhueta bastante sugestiva que lembra sua forma original.
(Canaltech)