Hospital de Santo António começa a operar cancros da próstata com robot cirurgião Hugo

By | 11/03/2023

Este robot vai ainda ser usado em procedimentos de «cirurgia geral e ginecologia», com a sua introdução a ser feita de «forma gradual» até 20 de Março.

Depois dos Da Vinci, há um novo robot cirurgião a operar em Portugal. O mais recente sistema deste género chama-se Hugo, foi desenvolvido pela Medtronic e entrou ao serviço esta semana no Hospital de Santo António (Porto).

Com muitas semelhanças em relação aos Da Vinci – um dos últimos a chegar a Portugal também é usado em urologia, na CUF Porto – o Hugo assenta num «sistema robótico com vários braços mecânicos modulares, com pequenas ferramentas nas extremidades controladas pelo cirurgião através de uma consola aberta».

Segundo a Medtronic, esta consola têm «punhos semelhantes à cirurgia laparoscópica», o que faz com que a curva de aprendizagem dos cirurgiões seja mais rápida».

 

As vantagens são as mesmas atribuídas aos Da Vinci, da Intuitive Surgical, a sua principal concorrente: «O robot reproduz os movimentos do cirurgião com mais controlo, maior precisão e maior flexibilidade»; já os pacientes podem ter uma «recuperação consideravelmente mais rápida com menor internamento hospitalar».

©Medtronic
©Medtronic | O RAS Hugo é operado a partir de uma consola com punhos semelhantes à cirurgia laparoscópica.

O Hugo da Medtronic foi anunciado em 2019, mas a pandemia provocou atrasos no desenvolvimento deste sistema RAS (robot assisted surgery – cirurgia assistida por robot): na altura, a empresa não conseguiu ter cirurgiões a participar nos ensaios clínicos.

O preço deste robot não é público, mas a Medtronic diz que o Hugo foi criado para «combater a tendência de custos avultados» deste tipo de robots» e acabar com as «barreiras que fizeram estagnar a adopção de RAS nas últimas duas décadas».

De acordo com Avelino Fraga, director do serviço de urologia e responsável pelo programa de Cirurgia Robótica do Hospital de Santo António, o Hugo vai ainda ser usado em procedimentos de «cirurgia geral e ginecologia», com a sua introdução a ser feita de «forma gradual» até 20 de Março.

(Pcguia)