Foi uma das aquisições mais sonantes do grupo Meta (que detém Facebook, Instagram e WhatsApp, entre outras): em maio de 2020, por um valor não revelado, a gigante tecnológica anunciou a compra da plataforma Giphy. Agora, mais de dois anos volvidos, um tribunal britânico dá razão à entidade reguladora dos mercados e obriga a que o negócio seja desfeito.
A Competition and Markets Authority reviu o caso em julho e alinhou que a questão de partilha de dados sensíveis de terceiros não se colocaria com a aquisição, mas que a compra da Giphy ainda constituía um problema por limitar o acesso dos rivais aos GIFs da Giphy, por poder abrir espaço à exigência de termos e condições desfavoráveis e por poder reduzir as escolhas de publicidade digital, noticia o Engadget.
Na altura da aquisição, a Meta mantinha que a Giphy ia estar “disponível” para os outros, mas a investigação da CMA concluída em agosto de 2020 revelou que a competitividade do setor sai prejudicada. A Meta apresentou um recurso em novembro de 2021 contra a obrigatoriedade de vender a Giphy argumentando que estava a “trazer mais escolhas para todos”.
Agora, o tribunal de recursos (Competition Appeal Tribunal) dá razão ao regulador e obriga mesmo à venda. Um porta-voz da Meta afirma que a empresa está “desapontada” com a decisão, mas que iria honrar o resultado, considerando-o definitivo, e cooperar na venda: “vamos continuar a avaliar oportunidades – incluindo através de aquisições – para trazer inovação e mais escolha no Reino Unido e em todo o mundo”.
(Exameinformatica)