Engenheiros da NASA identificam falha na sonda Voyager 1: memória corrompida isolada como causa dos dados corrompidos.
Os engenheiros da NASA alcançaram um marco significativo na resolução da falha persistente na sonda Voyager 1, que tem transmitido dados corrompidos desde o ano passado. De acordo com um comunicado da agência espacial divulgado nesta quinta-feira (4), a origem do problema foi isolada em um segmento corrompido da memória de um dos computadores da espaçonave.
O componente em questão é o subsistema de dados de voo (FDS), um computador crucial responsável por agrupar os dados científicos e de engenharia obtidos pela sonda. Após a coleta, os dados são transmitidos à Terra pela unidade de modulação de telemetria (TMU), em conjunto com o transmissor de rádio.
Recentemente, a equipe da sonda enviou um comando para que ela transmitisse a leitura do FDS em resposta. O procedimento foi bem-sucedido, permitindo aos engenheiros confirmar que aproximadamente 3% da memória do FDS estava corrompida, explicando assim as falhas nas operações da sonda.
Os especialistas suspeitam que um único chip, responsável por armazenar parte da porção afetada da memória do FDS, pode estar com defeito. Especula-se que a causa possa ser uma partícula altamente energética do espaço que afetou o dispositivo, ou simplesmente um mau funcionamento após mais de 40 anos de operação. Mas os engenheiros estão próximos de lidar e corrigir a falha na sonda Voyager 1.
A NASA informou que pode levar de algumas semanas a meses para que os engenheiros corrijam o FDS, mesmo sem substituir o hardware de memória. No entanto, o esforço vale a pena, pois é crucial para que a Voyager 1 retome a transmissão de dados científicos e de engenharia.
Lançadas em 1977, as sondas gêmeas Voyager 1 e 2 têm uma história impressionante de exploração do sistema solar. A Voyager 1 sobrevoou Saturno e Júpiter, enquanto a Voyager 2 passou por Urano e Netuno. Agora, após décadas de viagem, ambas as sondas saíram da heliosfera e estão operando normalmente no espaço interestelar.
Fonte: NASA