Astrofísico Argumenta que a Matéria Escura não Existe e o Universo é Consideravelmente Mais Antigo

By | 23/03/2024

No ano passado, o professor Rajendra Gupta, da Universidade de Ottawa, no Canadá, trouxe à luz uma ideia revolucionária no campo da cosmologia, preenchendo uma lacuna de mudanças significativas que já se fazia sentir há muito tempo.

No ano passado, o professor Rajendra Gupta, da Universidade de Ottawa, Canadá, introduziu uma ideia revolucionária no campo da cosmologia, que há muito tempo carece de mudanças significativas.

Após estudar minuciosamente o desenvolvimento das galáxias, Gupta concluiu que o Universo tem 26,7 bilhões de anos de idade, em vez dos 13,7 bilhões de anos estabelecidos pelo modelo padrão da cosmologia, conhecido como Lambda-CDM – onde λ representa a constante cosmológica, atualmente reconhecida como “energia escura”, e CDM é um modelo que se refere à “matéria escura fria”.

Essa descoberta é particularmente relevante após o telescópio espacial James Webb começar a detectar galáxias totalmente formadas nos estágios iniciais do Universo – ou, pelo menos, nos estágios iniciais considerando a idade do Universo como 13,7 bilhões de anos. Para alguns, os dados do Webb questionam o modelo do Big Bang e sugerem que nossa compreensão do Universo está desatualizada.

Agora, Gupta levanta dúvidas sobre outro aspecto central da teoria cosmológica predominante até então: a matéria escura – para o pesquisador, a matéria escura simplesmente não existe.

Uma teoria alternativa à matéria escura foi submetida a testes observacionais bem-sucedidos. (Imagem: Equipe Científica WMAP/NASA)
Uma teoria alternativa à matéria escura foi submetida a testes observacionais bem-sucedidos. (Imagem: Equipe Científica WMAP/NASA)

Matéria escura

Matéria escura é um termo utilizado em cosmologia para descrever tudo aquilo que não parece interagir com a luz ou campos eletromagnéticos, mas que exerce um efeito gravitacional. Sua natureza exata é desconhecida e nenhum experimento projetado para detectá-la obteve resultados positivos até o momento.

Apesar de invisível, a matéria desempenha um papel crucial nos modelos cosmológicos, ajudando a explicar o comportamento das galáxias, planetas e estrelas. No entanto, diante dos fracassos observacionais em detectá-la, parte da comunidade científica começou a questionar se é mais relevante apoiar teorias estabelecidas ou confrontar a realidade.

O professor Rajendra Gupta propõe remover a matéria escura da equação, utilizando uma abordagem baseada nas constantes de acoplamento covariantes (CCC) e nas teorias de “luz cansada” (TL). O modelo CCC + TL combina duas ideias: a respeito da variação das forças naturais ao longo do tempo cósmico e da perda de energia da luz durante viagens por longas distâncias.

Dispensando a Matéria

O modelo proposto foi testado e mostrou-se compatível com várias observações, incluindo a distribuição das galáxias e a evolução da luz no Universo primordial.

As descobertas deste estudo confirmam a hipótese anterior de que o Universo não requer a presença de matéria escura para sua existência. Enquanto a cosmologia convencional atribui a expansão acelerada do Universo à energia escura, esta pesquisa sugere que esse fenômeno se deve ao enfraquecimento das forças naturais durante a expansão, não à energia escura.

Ao analisar a distribuição de galáxias com baixo desvio para o vermelho e o tamanho angular do horizonte sonoro em desvios para o vermelho mais elevados, o estudo também descartou a necessidade de matéria escura.

Este estudo representa uma das primeiras tentativas de eliminar a existência cosmológica da matéria escura, ao mesmo tempo que se mantém consistente com observações cruciais. Ao desafiar a concepção tradicional da necessidade de matéria escura no Universo, oferece uma nova abordagem para explorar suas propriedades fundamentais.

(Engenhariae)