“Se eu consigo criar uma personagem que vai precisamente de encontro às minhas necessidades… Não vou escolher uma pessoa real”.
O filme Her – Uma História de Amor já quase passou para a realidade: já há forma de ter uma “relação” com um assistente virtual.
E os namorados de Inteligência Artificial (IA) são melhores ou piores do que os humanos? Depende.
Para as mulheres, são melhores. Pelo menos, para algumas mulheres.
Jovens chinesas disseram que os namorados IA são mais românticos e são melhores companheiros do que os humanos.
Sabem conversar melhor: “Ele sabe como falar com uma mulher. Melhor do que um homem real”, analisou Tufei à agência AFP, citada no The Byte.
A relação é com um chatbot mas Tufei sente-se mesmo numa “relação romântica”.
Wang acha que o seu companheiro digital lhe dá “muito suporte emocional”.
E é melhor este namorado porque “é muito difícil encontrar um namorado ideal na vida real”. Por isso: “Se eu consigo criar uma personagem que vai precisamente de encontro às minhas necessidades… Não vou escolher uma pessoa real”.
Para os homens, as namoradas IA são um pesadelo, descreve a revista Wired.
Nomeadamente um pesadelo em relação à privacidade: captam uma quantidade enorme de dados, não explicam muito como é que a vão usar, permitem palavras-passe fáceis de se adivinhar e são pouco transparentes.
O estudo da Fundação Mozilla avisa que há muitos chatbots que utilizam os dados das pessoas – que são quase perseguidas na internet – para enviarem informações a Google, Facebook e empresas na Rússia ou na China.
“Estas aplicações são criadas para reunir toneladas de informações pessoais”, avisa o líder do estudo, Jen Caltrider. E, reforça, não são claras sobre o que vão fazer com essas informações.
(ZAP)