Em antecipação à sua reunião anual em Davos, o Fórum Económico Mundial lançou um novo relatório onde aponta as principais tendências de cibersegurança que podem marcar o ano de 2024 para as organizações.
No relatório Global Cybersecurity Outlook 2024, os especialistas do Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla em inglês) indicam que há uma crescente desigualdade entre organizações ciber-resilientes e aquelas que não o são. Através dos dados partilhados é possível observar que, nos últimos anos, a percentagem de empresas que se encontram nos pontos opostos deste espetro aumentou.
Por outro lado, a percentagem de organizações no “meio” do espetro, isto é, aquelas que implementaram apenas protocolos básicos de cibersegurança, tem vindo a diminuir. A tendência afeta em particular as pequenas e médias empresas (PME), que compõem grande parte do tecido económico de muitos países.
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O WEF realça que 90% dos executivos que foram inquiridos na sua reunião anual de cibersegurança em novembro do ano passado afirmam que é urgente tomar medidas para mitigar a crescente desigualdade.
As tecnologias emergentes, uma categoria onde se inclui a IA generativa, também podem exacerbar os desafios de ciber-resiliência que as organizações enfrentam. 56% dos executivos questionados acreditam que a IA generativa acabará por dar mais vantagem aos cibercriminosos nos próximos dois anos.
É por esse motivo que os especialistas indicam que as organizações necessitam de ganhar um maior entendimento acerca do impacto das tecnologias emergentes que adoptam, encarando-o à luz dos princípios de ciber-resiliência.
A escassez de profissionais de cibersegurança é outra das tendências destacadas e espera-se que a crescente implementação de tecnologias emergentes aumente a procura por talento. A percentagem de executivos da área que reportaram uma escassez de mão de obra especializada para dar resposta a incidentes passou de 6% em 2022 para 20% em 2023.
A crescente consciencialização dos executivos para questões ligadas aos ciber-riscos e ao cibercrime levou a um aumento nas preocupações quanto à ciber-resiliência das empresas. O relatório realça que tanto os líderes empresariais como da área de cibersegurança devem continuar a investir na consciencialização para práticas fundamentais.
(Teksapo)