L4S promete internet mais rápida e eficiente

By | 13/12/2023

Depois das velocidades de acesso de centenas de megabits ou até mesmo gigabits, a nova revolução nas redes pode ser o L4S.

Muitos utilizadores que passaram de ligações de 100 Mbps para 1 Gbps (por exemplo) podem ter-se sentido desapontados por, em muitos casos, não notarem diferença significativa a nível de abrirem páginas na web, verem vídeos em streaming, etc. Há imensos factores que é preciso ter em conta, mas um dos mais importantes é latência das comunicações, que consiste no tempo de resposta entre dois dispositivos, e que muitas vezes acabar por ser o factor preponderante para dar a sensação de “velocidade”. Isso é algo que em tempos era bem notório nas ligações de satélite com upload via telefone: podíamos ter vários megabits de velocidade de download, no entanto podiam passar-se vários segundos entre efectuar uma acção e esse download se iniciar – algo completamente inaceitável num cenários como um jogo multiplayer, onde se espera que esse tipo de comunicações seja “instantâneo”.

Um dos grandes entraves à latência reduzida é o congestionamento da rede, e é precisamente isso que o L4S quer ajudar a minimizar, tornando as comunicações bastante mais eficientes. O L4S significa “Low Latency Low Loss Scalable Throughput”, e aplica uma nova dose de controlo de qualidade aos pacotes de dados, permitindo detectar e ajustar as comunicações em função das condições a cada momento. O resultado são comunicações mais imediatas, menos congestionamentos e menor perda de dados.

A diferença deverá fazer-se sentir, quer seja em ligações de alguns poucos megabits, ou de gigabits, em coisas como a rapidez de resposta a abrir uma página, ou a saltar para diferentes partes de um vídeo sem necessidade de (des)esperar ou de ficar perante o indicador de rebuffering.

O problema é que, apesar do L4S ser compatível com os sistemas já implementados, a sua adopção – por muito desejada que seja dos grandes serviços da internet e também dos operadores de telecomunicações – poderá demorar (muitos) anos. Mas, é bom saber que há pessoas e empresas a trabalhar nisso e que, mais cedo ou mais tarde, contribuirá para se ter uma rede global mais eficiente e com “pings” mais reduzidos.

(Ptnik)