Em mais um marco significativo da aventura da Humanidade em direção ao Espaço, a China acaba de divulgar as primeiras fotografias que montram completamente a sua estação espacial Tiangong.
As soberbas imagens da Tiangong foram captadas quando a tripulação da missão Shenzhou 16 sobrevoava a estação espacial chinesa no seu regresso à Terra.
Estas imagens oferecem a primeira visão completa da estação espacial Tiangong desde que os seus módulos começaram a ser colocados em órbita.
A equipa da missão Shenzhou 16 conseguiu transferir com sucesso o controlo do Tiangong para a tripulação da Shenzhou 17, que atracou na estação espacial no dia 26 de outubro.
A equipa, comandada pelo taikonauta Jing Haipeng e completada com Zhu Yangzhu e Gui Haichao, regressou à Terra no dia 30 de outubro, após a conclusão da sua missão.
A Tiangong, que em português se poderia traduzir como “Palácio Celestial“, está localizado entre 350 e 450 quilómetros de altitude.
O primeiro módulo da estação espacial chinesa, Tianhe, foi lançado para a órbita terrestre baixa em 2021, tendo sido seguido pelos módulos Wentian e Mengtian em 2022 e 2023, respetivamente.
Estes módulos completaram a estrutura da Tiangong, que agora mede cerca de 55 metros de comprimento e pesa quase 80 toneladas — aproximadamente um quinto do tamanho da ISS, a Estação Espacial Internacional.
Desde o lançamento do Tianhe, a Tiangong tem mantido equipas de taikonautas que conduziram várias experiências científicas, no âmbito do Programa Espacial chinês, que prevê que a estação espacial seja usada durante pelo menos 10 anos.
Os membros da tripulação da Shenzhou 16 realizaram atividades como caminhadas espaciais, cultivo de vegetais e realização de conferências educativas no espaço.
No entanto, realça o Space.com, estas imagens da “estação Tiangong completa” poderão ficar brevemente desatualizadas.
Em outubro, durante Congresso Internacional de Astronáutica em Baku, em Baku, a Agência Espacial da China CMSA anunciou a intenção de expandir ainda mais a estação, adicionando mais três módulos à estrutura atual, elevando o total para seis.
O anúncio dá realce aos ambiciosos planos da China de estender o seu alcance no espaço e manter presença significativa em órbita da Terra — passos de gigante numa altura em que norte-americanos e russos dão pequenos passos atrás e se preparam para encerrar a sua aventura na Estação Espacial Internacional.
(ZAP )