Engenheiros desenvolvem “pele de robô”

By | 05/11/2023

Cientistas da British Columbia e do Instituto de Investigação da Honda criaram um sensor macio, altamente sensível, inteligente e extensível que imita a pele humana.

O novo sensor servirá como uma espécie de “pele” que dará aos robôs sensibilidade ao toque. O objetivo é permitir a execução de certas tarefas que podem ser difíceis para as máquinas, como apanhar um pedaço de fruta, por exemplo.

Com uma infinidade de aplicações, o sensor macio é inspirado na pele humana, tanto em termos de sensibilidade como de textura. A tecnologia permite que um braço protético ou robótico responda a estímulos táteis com destreza e precisão, fazendo com que o robô consiga segurar objetos frágeis sem os esmagar ou deixar cair.

“O braço pode segurar objetos frágeis, como um ovo ou um copo de água, sem os esmagar ou deixar cair”, revelou Mirza Saquib Sarwar

Segundo o Tech Explore, o sensor é composto essencialmente por borracha de silicone, o mesmo material usado na cinematografia para fazer alguns efeitos especiais. No seu funcionamento, usa campos elétricos fracos para detetar objetos, mesmo à distância, e é flexível.

Contudo, o que distingue este sensor macio é a sua capacidade de imitar o encurvamento e as rugas em resposta à pressão, tal como a pele de uma mão humana. Esta capacidade dinâmica permite que a tecnologia detete forças tanto dentro como ao longo da sua superfície, distinguindo-o dos ecrãs táteis tradicionais.

“Ao contrário dos ecrãs táteis, este sensor é flexível e consegue detetar forças dentro e ao longo da sua superfície. Esta combinação única é fundamental para a adoção da tecnologia em robôs que estão em contacto com pessoas”, explicou John Madden, professor na British Columbia.

A equipa da British Columbia desenvolveu esta tecnologia em colaboração com a Frontier Robotics, o Instituto de Investigação da Honda.

O artigo científico foi publicado, em outubro, na Scientific Reports.

(ZAP)