A Criogenia Pode Ressuscitar Corpos no Futuro? O que Diz a Ciência

By | 29/10/2023

A busca pela imortalidade impulsiona diversas abordagens, incluindo a criogenia humana, que envolve o congelamento de corpos para possível ressurreição futura, embora a viabilidade dessa técnica permaneça incerta.

A busca pela imortalidade tem sido uma questão central na história da ciência, impulsionando diversas tentativas humanas para prolongar a vida. Essas tentativas incluem o desenvolvimento de novos medicamentos para aumentar a longevidade e o avanço das tecnologias de bioimpressão para substituir órgãos disfuncionais, entre outras abordagens.

A criogenia humana, um tópico frequente de discussão na busca pela imortalidade, envolve o processo de congelar um corpo para eventual “ressurreição” no futuro. No entanto, a questão fundamental é se é viável adotar uma abordagem “Capitão América” para retornar à vida após um período prolongado, como 100 ou 200 anos. Para compreender essa técnica, é crucial examinar o processo da criogenia, que emprega temperaturas extremamente baixas, geralmente abaixo de -196°C, para preservar um corpo após a morte.

O procedimento envolve três fases distintas: primeiro, o corpo é rapidamente resfriado em um “banho de gelo” e transportado para a clínica de criogenia, com a equipe simulando compressões torácicas para manter a circulação sanguínea; em seguida, no laboratório, o sangue é substituído por conservantes e anticongelantes para proteger as células; finalmente, o corpo é armazenado em um recipiente de nitrogênio líquido a aproximadamente -196ºC. A premissa subjacente é que, no futuro, com o avanço da tecnologia médica, os corpos criopreservados possam ser descongelados e revividos.

A técnica de criopreservação não garante a ressurreição. O processo de reanimar um corpo após o congelamento é altamente complexo, e a tecnologia médica pode não ser capaz de reparar os danos causados pelo congelamento prolongado. Enfrentar desafios como descongelar o corpo com segurança e remover todas as toxinas que substituíram o sangue são apenas alguns dos obstáculos que médicos e especialistas do futuro terão que superar. Atualmente, as empresas de criogenia oferecem duas opções de preservação: corpo inteiro ou apenas a cabeça, sendo esta última ainda mais complexa, pois exige a aquisição de um novo corpo saudável para conectar à cabeça.

Os custos de criopreservação variam entre empresas, podendo chegar a até US$ 200.000, de acordo com o Instituto de Criogenia de Michigan. Até 2023, nenhum ser humano foi revivido por meio desse método, e alguns estudiosos céticos questionam a eficácia da criopreservação. No entanto, entusiastas da técnica acreditam na possibilidade de ressuscitação no futuro, e o Instituto de Criogenia nos Estados Unidos afirma que as evidências e tecnologias atuais indicam que a ressuscitação pode ser viável no futuro.

(Engenhariae)