Cientistas sintetizam uma camada atômica de molibdênio, conhecida como molibdeneno, que se junta à família de materiais bidimensionais, como o grafeno, e exibe propriedades promissoras para aplicações em tecnologias de nova geração, como baterias mais potentes e catalisadores para reações químicas.
O grafeno, notável membro de uma vasta família de materiais bidimensionais, agora ganha um novo parente “metálico” na forma de molibdeneno, uma única camada atômica de molibdênio sintetizada por cientistas da Alemanha, Austrália e Índia.
Esse material 2D foi obtido através do aquecimento de uma mistura de sulfeto de molibdênio (MoS2) e grafeno a altas temperaturas usando um forno de micro-ondas, resultando na formação de estruturas capilares finamente ramificadas, também conhecidas como “bigodes”, onde camadas de molibdênio podem ser encontradas e posteriormente desfolhadas mecanicamente.
Apesar da existência de diversos materiais similares, como siliceno, germaneno, plumbeno e estaneno, o molibdeneno desperta grande interesse devido ao seu uso já consolidado na forma de molibdenita em tecnologias de nova geração.
Em testes iniciais, os cientistas observaram várias propriedades vantajosas, como a notável estabilidade mecânica, que o torna adequado para revestir eletrodos, aumentando a potência e robustez das baterias.
Além disso, acredita-se que o molibdeneno, devido à sua estrutura 2D especial, possa exibir propriedades eletrônicas exóticas semelhantes às do grafeno, e sua natureza metálica o torna um candidato promissor como catalisador para acelerar reações químicas, uma vez que possui elétrons em movimento livre que se acumulam em ambos os lados do material.
(Engenhariae)