A lua pode parecer “ligeiramente maior”, reconhece Miguel Gonçalves, mas quem está habituado a vê-la cheia “não vai quase notar diferenças”, garante.
A superlua é, para o comunicador de ciências Miguel Gonçalves, um fenómeno de “marketing”, que ainda assim o agradece se aumentar o “carinho” das pessoas pela astronomia.Mas a verdade é que o termo utilizado para descrever a Lua esta segunda-feira à noite, explicou à TSF, “do ponto de vista científico não tem nada”.
“Para qualquer cientista que estuda a Lua, a Lua é sempre super. Nós estamos neste planeta devido à sua ação e a Lua é responsável por estabilizar o eixo de rotação da Terra (…). Sem a Lua nós não teríamos as condições que temos de habitabilidade neste nosso planeta e, portanto, ela é sempre super”, assinalou.
Miguel Gonçalves reconhece que a Lua pode até “parecer ligeiramente maior”, mas quem está habituado a ver uma lua cheia não vai quase notar diferenças: “Quanto mais próxima do horizonte ela [a Lua] estiver, mais impressão de estranha, digamos assim, ela nos parece.”
De acordo com o site da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), uma superlua – um conceito atribuído a Richard Nolle, em 1979 – acontece quando a Lua cheia ou nova está a cerca de 90% do seu perigeu, o seu ponto mais próximo da Terra.
Esta superlua de julho é a primeira de quatro luas cheias deste ano que coincidem com a passagem da Lua pelo seu perigeu: há mais duas destas ocasiões em agosto – nos dias 1 e 30 – e uma última em setembro, no dia 28.
(TSF)