Uma correlação intrigante foi descoberta entre terremotos e raios cósmicos

By | 25/06/2023

A variação na intensidade dos raios cósmicos que alcançam a Terra apresenta potencial para prever terremotos, porém, é necessário desvendar esse enigma.

Cientistas poloneses descobriram uma forte correlação estatística entre a atividade sísmica na Terra e as mudanças na intensidade dos raios cósmicos que chegam à superfície. Embora essa descoberta ofereça a perspectiva de prever terremotos com semanas de antecedência, a complexidade da correlação ainda está sendo debatida em termos de seu impacto prático.

As análises revelaram uma clara ligação entre as mudanças na intensidade dos raios cósmicos e a magnitude total de terremotos de magnitude 4 ou superior. No entanto, essa correlação só se torna aparente quando os dados dos raios cósmicos são deslocados 15 dias à frente em relação aos dados sísmicos, indicando a possibilidade de detecção antecipada de futuros terremotos.

Infelizmente, não está claro se é possível identificar os locais específicos dos terremotos, pois as correlações entre as mudanças na intensidade dos raios cósmicos e os terremotos só se manifestam em análises em escala global, levando à necessidade de compreender como esse fenômeno global se encaixa na cadeia causal de eventos que levam a terremotos específicos.

Uma descoberta intrigante revela uma correlação entre raios cósmicos e terremotos, levantando muitas perguntas.

Cientistas poloneses observaram uma forte correlação estatística entre a atividade sísmica na Terra e as mudanças na intensidade da radiação cósmica. Surpreendentemente, essa correlação apresenta periodicidades em grande escala, com um ciclo de aproximadamente 10 a 11 anos, semelhante ao ciclo de atividade solar, mas não em sincronia com ele. Além disso, existem outras periodicidades desconhecidas associadas aos raios cósmicos e tremores sísmicos.

Essas descobertas levam os cientistas a considerar possíveis influências externas, como a passagem da Terra por um fluxo de matéria escura modulada pelo Sol e outros corpos massivos no sistema planetário. Essa pesquisa foi conduzida pelo projeto internacional CREDO, que utiliza uma rede de detectores, incluindo sensores CMOS em telefones celulares, para monitorar as mudanças globais na radiação cósmica secundária que atinge a superfície da Terra. A descoberta aponta para novas e empolgantes oportunidades de pesquisa nessa área.

(Engenhariae)