Medidas implementadas desde 2020 permitiram uma redução das emissões operacionais diretas na ordem dos 22,7 por cento
Empresa anuncia o primeiro acordo de compra de energia de fusão do mundo com a Helion para ajudar a promover o mercado desta importante tecnologia.
A Microsoft acaba de divulgar uma atualização do seu Relatório de Sustentabilidade e reforça o seu compromisso lançado em 2020 de ser uma empresa negativa em termos de carbono, positiva em termos de água, com zero resíduos e que protege os ecossistemas onde opera – até 2030. Além das medidas implementadas, que permitiram uma redução na ordem dos 22,7% das emissões de carbono, a empresa lança um conjunto de iniciativas com destaque para a Carbon Call e para o primeiro acordo de compra de energia de fusão com a Helion.
A corrida mais importante de todas – ser net-zero até 2030
No caminho para alcançar esta visão, o compromisso da Microsoft passa por garantir que 100% da energia é gerada por fontes carbono zero. Nesse sentido, em 2022 foram contratadas 1.443.981 toneladas métricas de remoção de carbono e foram assinados novos contratos de aquisição de energia (CAE) em todo o mundo que permitiram aumentar o total de energia sem carbono para mais de 13,5 GW, medidas que, aliadas aos mais de 135 projetos em 16 países, se traduzem numa redução acima dos 22% das emissões de carbono da empresa.
Com o objetivo de reduzir o stress hídrico, inserido no Pacto Global das Nações Unidas, a Microsoft tem reduzido o consumo de água em todas as suas operações globais, reabastecendo mais água do que aquela que utiliza. O objetivo passa por fornecer às pessoas em todo o mundo acesso a serviços de água e saneamento, impulsionando a inovação na gestão da água. No ano passado a empresa apoiou projetos de reabastecimento de água que, segundo as estimativas, irão fornecer mais de 15,6 milhões de m3 em benefícios volumétricos com destaque para um milhão de pessoas que tiveram acesso a soluções de água potável e saneamento no Brasil, Índia, Indonésia e México.
No que toca aos resíduos, em 2022 a Microsoft desviou mais de 12.000 toneladas métricas de resíduos sólidos de aterros e incineradores. A taxa de reutilização e reciclagem de servidores e componentes atingiram 82% só o ano passado, para isso muito contribuíram os cinco novos Centros Circulares inaugurados nos Estados Unidos, Irlanda e Singapura. A redução de plásticos de utilização única nas embalagens dos produtos Microsoft atingiu os 29%, uma diminuição de 4,7% para 3,3% em peso (em média) de plástico por embalagem. A somar a tudo isto destaque para Data Centers distribuídos por inúmeras regiões que receberam certificações Zero Waste, bem como, o campus de Redmond que recebe esta distinção há seis anos consecutivos.
A Microsoft opera diretamente em aproximadamente 4450ha de terra em todo o mundo e reconhece que a sua própria pegada de terra tem um impacto nos diferentes ecossistemas. Nesse sentido assumiu o compromisso de proteger de forma permanente mais terra do que a que utiliza até 2025. Trabalhar ativamente para proteger a saúde ambiental das comunidades que acolhem os seus Data Centers, é o propósito e nesse sentido em 2022 a Microsoft definiu a proteção de 6988ha de terra, mais de 50% da utilizada para as suas operações, com destaque para a proteção de 4965ha de terra no Belize. O restante será direcionado para ecossistemas localizados nos Estados Unidos.
Permitir e apoiar um mundo mais sustentável
A Microsoft, a ClimateWorks Foundation e mais de 20 organizações líderes lançaram uma nova e importante iniciativa chamada Carbon Call. Atualmente, a iniciativa tem mais de 70 membros com um roteiro publicado para uma contagem de carbono mais fiável e interoperável.
Além desta iniciativa global, atribuiu mais de 600 milhões de dólares do Fundo de Inovação Climática a mais de 50 investimentos, incluindo soluções sustentáveis em sistemas energéticos, industriais e naturais e anunciou a expansão do AI for Good Lab para o Egipto e Quénia, com o objetivo de criar uma equipa de cientistas que irá trabalhar para melhorar a resiliência climática deste continente.
Ao olhar para 2030 – e mais além – a Microsoft continua otimista em relação à sua capacidade coletiva de descarbonizar a economia global e, ao mesmo tempo, continuar a crescer e prosperar como uma comunidade global. Desta forma definiu três áreas-chave para investir que permitirão criar soluções de sustentabilidade necessárias para enfrentar a crise climática: avançar com soluções de IA para um maior impacto climático, acelerar o desenvolvimento de mercados de sustentabilidade e a criação de ferramentas que promovam a medição e o cumprimento das metas em relação às emissões.
O primeiro acordo de compra de energia de fusão do mundo
A Microsoft irá receber eletricidade da primeira central elétrica de fusão comercial do mundo, propriedade e operada pela Helion, empresa sediada em Redmond, WA, pioneira numa forma de criar energia de fusão que tem o potencial de substituir o combustível à base de carbono. O Constellation Energy Group irá atuar como comercializador de energia para o projeto, revendendo a energia produzida pela máquina Helion à Microsoft.
Prevê-se que a central esteja em funcionamento até 2028 e terá como objetivo a produção de energia de 50 MW ou superior após um período de arranque de um ano. O desenvolvimento de uma instalação comercial de energia de fusão é um passo crucial na transição para um futuro de energia sustentável e não só ajudará a Microsoft a atingir o seu objetivo de ser negativa em carbono até 2030, mas também apoiará o desenvolvimento de uma nova fonte de energia limpa para o mundo.
“Estamos otimistas quanto ao facto de a energia de fusão poder ser uma tecnologia importante para ajudar o mundo na transição para as energias limpas”, afirmou Brad Smith, Vice-Presidente e Presidente da Microsoft. “O anúncio da Helion apoia os nossos próprios objetivos de energia limpa a longo prazo e fará avançar o mercado para estabelecer um método novo e eficiente capaz de fornecer mais energia limpa para a rede e muito mais rapidamente.”
(IOT)