O TikTok ainda se encontra sob uma forte pressão das autoridades nos EUA, com a possibilidade de a plataforma de vídeos poder vir a ser banida do pais devido às ligações que alegadamente possui com o governo da China. No entanto, existem agora novas alegações contra a mesma sobre a forma como os conteúdos são manipulados dentro do serviço.
Um antigo executivo do TikTok encontra-se a acusar a Bytedance de usar bots para impulsionar os conteúdos da plataforma, ao mesmo tempo que também usa estes sistemas para roubar conteúdos de outros locais na internet.
De acordo com o New York Times, o caso foi reportado por Yintao Yu, antigo engenheiro do TikTok, que admite ter sido despedido da empresa depois de confrontar a ByteDance com o roubo de materiais de outras plataformas para publicação na sua própria rede. O engenheiro acusa a ByteDance de usar conteúdos de outras plataformas, e de publicar os mesmos no TikTok através de contas de bot falsas, para obter mais atração dos utilizadores em geral.
Ao mesmo tempo, este acusa ainda a empresa de ligações com o governo da China, e sobre como o TikTok é usado para a propaganda de conteúdos do governo, bem como a empresa e os funcionários na China possuem acesso a dados de utilizadores nos EUA.
Yu alega que a Bytedance continha uma divisão na China que era responsável por analisar os conteúdos e garantir que os mesmos se encontravam dentro das regras do governo local, e que também eram a favor do governo comunista da China. Estas alegações apontam-se para a app “Douyin”, que será a versão do TikTok focada para uso exclusivo na China.
No entanto, algumas das áreas de acusação aplicam-se também ao TikTok que se encontra disponível em formato internacional. Sobretudo na forma como a plataforma roubo dados de serviços como o Snapchat e Instagram, publicando os mesmos como “conteúdo original” no TikTok, de forma a atrair os utilizadores. Yu saiu da empresa em 2018, poucos meses antes da aplicação Musical.ly ter sido renomeada para TikTok.
Segundo a fonte, as alegações de Yintao Yu apontam as operações diárias do Bytedance faz cerca de cinco anos, quando o mesmo ainda se encontrava na empresa. Mesmo que as alegações não sejam provadas diretamente, devem aumentar ainda mais a pressão sobre o TikTok e a forma como esta plataforma atua.
Várias entidades a nível mundial já se encontram a classificar o TikTok como uma ameaça para a segurança nacional, sendo que a app encontra-se banida de dispositivos associados a vários governos e entidades governamentais.
Em comunicado, o TikTok já negou todas as acusações, alegando que as mesmas não possuem qualquer base de fundamento. Ao mesmo tempo, a empresa afirma que Yu trabalhou para a entidade durante menos de um ano, e que o seu contrato terminou em 2018, sendo que durante este período, o mesmo trabalhou em outro projeto da empresa – Flipagram – que eventualmente acabaria por ser descontinuado.
(TT)