Neste momento, a tecnologia está a ser usada (em modo «preliminar» e de forma gratuita), por vários produtores e empresários, sob forma der uma app para smartphones.
A inteligência artificial é um dos temas do momento e um dos projectos nacionais mais recentes a usar esta tecnologia começa agora a ser aplicado a um sector que se caracteriza por ser mais tradicional.
Criado pela Fraunhofer Portugal, este projecto com IA tem como objectivo dar aos vitivinicultores uma solução para «monitorizar pragas nas vinhas», em concreto, na Região Demarcada do Douro. Aliás, esta região já tinha sido o tubo de ensaio para mais duas iniciativas tecnológicas do mesmo âmbito: um robot pulverizador autónomo e sensores para racionalizar a rega.
Como base, esta plataforma inclui «cerca de nove mil imagens de insectos», a que foram aplicadas «técnicas de visão computacional baseadas em IA, que permitiram automatizar o processo de detecção e contagem de pragas» para o tornarem «mais eficiente e rastreável».
Toda esta tecnologia foi «desenvolvida, testada e aperfeiçoada» ao longo dos últimos três anos e permite deixar de lado a «identificação e contagem de insectos através de inspecção visual», que é um «processo manual demorado e cansativo», além de estar «limitado pela falta de conhecimento taxonómico» dos vitivinicultotres.
Neste momento, a tecnologia está a ser usada (em modo «preliminar» e de forma gratuita), por vários produtores e empresários, sob forma der uma app para smartphones que serve para «reconhecer e contabilizar automaticamente pragas em armadilhas e registar o estado fenológico».
Além desta app, o sistema de monitorização para as vinhas assenta em mais dois vértices: «Um módulo Web para centralização e armazenamento da informação recolhida pelo viticultor» e um portal para «especialistas em taxonomia» onde é possível ver os «resultados da monitorização automática de insectos nas diferentes parcelas».
Segundo a Fraunhofer, este projecto, que começou a ser desenvolvido em 2020 no âmbito do EyesOnTraps, combate um problema que «constitui uma das maiores ameaças ao sector vitivinícola da Região Demarcada do Douro». A entrada no mercado está «prevista para 2024», acredita a empresa.
(Pcguia)