Em 2025 poderá ser possível utilizar um automóvel Tesla para fornecer energia a uma casa – mas Elon Musk parece achar que não há grande interesse nisso.
Elon Musm apresentou a 3ª fase do Tesla Master Plan, que indica o caminho para tornar o planeta energeticamente sustentável até 2050. Uma parte fundamental desse plano passa pelo aumento substancial da capacidade de armazenamento de energia em baterias, a nível global das redes de distribuição de energia, e também a nível local com baterias residenciais, e também dos próprios veículos eléctricos. E este último elemento torna-se curioso, pois a Tesla tem sido reticente quanto a adicionar a capacidade de carga bidireccional nos seus veículos.
Com os sistemas V2L (vehicle-to-load), V2H (vehicle-to-home), e V2G (vehicle-to-grid), normalmente englobados sobre a designação genérica V2X, torna-se possível utilizar a bateria de um veículo eléctrico para alimentar, respectivamente, dispositivos eléctricos, uma casa, ou devolver energia à rede. Uma tecnologia que a Tesla diz que tem melhorado ao longo dos anos e que poderá aplicar nos seus automóveis já em 2025, mas que Elon Musk se apressou a “corrigir”, dizendo que não pensa que faz muito sentido que os Tesla tenham essa capacidade, a não ser que sejam conjugados com uma Powerwall, argumentando que não haverá muito interesse em ter o carro a alimentar uma casa se, quando se precisar de circular com o carro, a casa “ficar às escuras”.
Mesmo que seja o caso, continuaria a ser vantajoso de um ponto de vista estratégico, a nível da descentralização das redes de distribuição, para não falar de potenciais situações de falta de energia em que, ao contrário de não terem qualquer opção, os clientes teriam a opção de aproveitar a energia armazenada no seu carro para fazerem coisas que considerassem mais prioritárias nessas circunstâncias do que circularem com o carro.
(Ptnik)