Queixas sobre os serviços de telecomunicações no topo das reclamações à DECO PROTESTE em 2022

By | 30/12/2022

As principais operadoras de telecomunicações surgem no topo das reclamações durante 2022, mas também bens de consumo, serviços financeiros e turismo registam maus resultados.

A DECO Proteste partilhou os números sobre os contactos que recebeu durante 2022, referindo que recebeu mais de 280 mil ao longo do ano, numa média de 776 por dia. As comunicações eletrónicas, bens de consumo, serviços financeiros e turismo e lazer destacam-se na lista dos maus resultados. Por sector, são as telecomunicações que mantêm a liderança dos contactos à entidade de defesa do consumidor. “À semelhança de 2021, MEO, NOS e Vodafone lideram nas reclamações apresentadas, com um total de 37.885 contactos ao longo de todo o ano”, refere a entidade no comunicado.

Entre as queixas encontram-se falhas na cobertura, velocidade de internet inferior ao que foi contratado ou as multas pela mudança de operador somam as mais frequentes. Nas suas estatísticas, a MEO registou 9.751 contactos, a NOS 8.857 e a Vodafone teve 4.820 queixas.

No segundo lugar surgem os Bens de Consumo, com 36.971 casos, representando 13% do total. Os bens com defeitos e problemas com as garantias são as principais causas de contacto, mas também os produtos não serem na realidade o que foram anunciados são motivos de queixa. Problemas e dificuldades nas compras online também foram registados pelo serviço da DECO Proteste.

A finalizar o pódio das reclamações por sector surgem os serviços financeiros. Foram 31.985 contactos, com queixas sobre os sucessivos aumentos de comissões bancárias ou a dificuldade em interpretar as cláusulas dos contratos. Neste sector, as empresas que se destacam pela negativa foram a Caixa Geral de Depósitos, Santander e Novo Banco, na Banca, e a Fidelidade, Ocidental/Ageas e Tranquilidade, no sector das Seguradoras.

 

A TAP foi a empresa mais referenciada no sector do turismo e lazer, que somou 20.773 chamadas. A maior parte das queixas foram registadas no verão, período mais forte de férias, focando-se sobretudo nos atrasos e cancelamento de voos, o overbooking e as perdas de bagagens.

Não poderiam ainda faltar os serviços postais, nos problemas registados nas entregas de correspondência ou encomendas extraviadas, sendo os CTT a empresa mais visada. Queixas de muitos estafetas não tocarem à campainha dos destinatários, entregando nos postos, mas também referentes a atrasos ou falta de informação disponível ma linha de atendimento da empresa.

Nas suas estatísticas, a DECO Proteste diz que 91% dos contactos foi realizada por telefone e email (255.712) e os restantes 9% através da plataforma da DECO Reclamar, que registou 24.410 ocorrências.

Como curiosidade, a DECO Proteste recebeu mais de 100 mil contactos fora da sua área de especialização, que diz ter ajudado a reencaminhar, entre eles assuntos judiciais, direito de trabalho e outros.

(Teksapo)