A FTC determinou que a Epic Games tem de pagar 520 milhões de dólares de multa relacionado com duas práticas que foram consideradas ilegais. A dona do Fortnite é acusada de não respeitar o COPPA, de Children’s Online Privacy Protection Act, ao ativar as funcionalidades de chat escrito e de voz nas contas dos jovens jogadores e divulgar os seus nomes de jogo durante as partidas online. A segunda acusação de que a Epic é considerada culpada prende-se com a cobrança frequente de itens adquiridos sem o consentimento expresso dos jogadores, com recurso a técnicas conhecidas como ‘padrões escuros’ que iludem os utilizadores e os enganam a comprar artigos.
Quanto à primeira acusação, a Epic refere ter mudado as suas políticas de utilização e de as contas de menores de 18 anos já não terem o chat e as chamadas ativas por predefinição, de os nomes de utilizador estarem sempre ocultos em jogo e de só ser permitido jogar em parties depois de receber convites. A empresa realçou ainda o lançamento das contas restritas este mês, onde as funcionalidades online só são completamente reveladas aos menores depois da validação de um adulto.
No que toca à segunda queixa, a Epic é acusada de manter o cartão de crédito completo dos utilizadores que fizessem pelo menos uma compra e não pedir o CCV nas compras posteriores, facilitando a tarefa dos menores que quiseram comprar artigos sem o conhecimento dos pais. Ainda neste tema, o botão de Comprar aparece de forma bastante proeminente mesmo ao lado do da Previsualização, o que também incentivava à compra. Agora, a empresa explica que vai passar a reconfirmar a intenção de compra dos jogadores e agilizar também o processo de cancelamentos e de reembolsos, noticia o ArsTechnica.
Segundo as autoridades dos EUA, a Epic estava bem ciente do que estava a fazer nestes dois capítulos e há mesmo registos de comunicações entre funcionários no texto da queixa que sustentam as acusações da FTC.
A Epic concordou com o pagamento das multas deixando o alerta para os outros players da indústria de uqe os mecanismos de aplicação das leis estão muito mais rápidos e que o “velho status quo para o comércio dentro de jogo e de privacidade mudou e muitas práticas de developers devem ser reconsideradas”.
(Exameinformatica)