Os novos óculos de Realidade Virtual criados pelo cofundador da Oculus explodem com a cabeça do seu utilizador quando se morre no jogo. Se alguma vez já experimentou óculos de Realidade Virtual (VR, em inglês) provavelmente adorou a experiência.
São ótimos para videojogos, oferecendo uma experiência incomparavelmente imersiva. E se os óculos VR fossem mais longe e, caso morra no jogo, também morre na realidade?
Sim, é esta a premissa dos novos óculos VR anunciados por Palmer Luckey, cofundador da Oculus, a empresa de Realidade Virtual que o Facebook comprou em 2014 por 3 mil milhões de dólares. No doming
No domingo, numa publicação no seu blogue intitulada “Se morrer no jogo, morre na vida real”, Luckey explicou como funciona o equipamento e até revelou uma fotografia.
“Usei três dos módulos de carga explosiva que costumo usar para um projeto diferente, amarrando-os a um fotosensor que consegue detetar quando a tela pisca em vermelho numa frequência específica, facilitando muito a integração de game over por parte do programador. Quando uma tela de fim de jogo é exibida, as cargas são disparadas, destruindo instantaneamente o cérebro do utilizador”, detalha Luckey.
A ideia parece saída de um dos seus piores pesadelos ou de um episódio da série Black Mirror, mas é bem real. Basicamente, Luckey traz à vida real o enredo de uma anime dos anos 2000 chamada “Sword Art Online”, na qual as personagens usam algo chamado “NerveGear”, que também é capaz de matar o seu utilizador.
“A ideia de ligar a sua vida real ao seu avatar virtual sempre me fascinou – instantaneamente sobes a parada ao nível máximo e forças as pessoas a repensar fundamentalmente como é que interagem com o mundo virtual e os jogadores dentro dele. Gráficos aprimorados podem fazer um jogo parecer mais real, mas apenas a ameaça de consequências sérias pode fazer um jogo parecer real para ti e todas as outras pessoas no jogo”, lê-se no blogue.
Por enquanto, os óculos são apenas uma espécie de artigo colecionador, realça o cofundador da Oculus. No entanto, este será o primeiro exemplo não-fictício de um dispositivo VR que pode realmente matar o seu utilizador. “Não será o último”, remata Luckey.
“A boa notícia é que estamos a meio caminho de fazer um NerveGear real”, disse o empreendedor. “A má notícia é que, até agora, só descobri a metade que te mata. A metade de VR perfeita da equação ainda está longe de acontecer”.
(ZAP)