Temos vivido num mundo onde os browsers pouco têm mudado ao longo das últimas décadas, mas agora existe um que quer revolucionar a forma com interagimos com a internet: o Arc.
O Arc tem estado a ser desenvolvido em “segredo” com acesso limitado por convites, mas conta com alguns nomes sonantes que desde logo fazem com que seja um projecto que se deva manter debaixo de olho. Um deles é Darin Fisher, um programador que trabalhou na criação do Netscape Navigator, depois no Firefox, e que passou os últimos 16 anos a trabalhar no Chrome e Chrome OS. Por isso, em questão de historial e currículo, não será preciso dizer mais nada.A internet e a web cresceram para se tornar algo bem diferente – e inimaginável – face ao que era na altura em que se criaram os primeiros browsers. Em vez de programas que deviam mostrar documentos estáticos com links para outros documentos estáticos – e que por vezes até podiam conter imagens! – os browsers são hoje em dia verdadeiros “sistemas operativos” que têm que lidar com sites em que cada página é, na verdade, um complexo programa que tem que ser interpretado e compilado, com imagens, vídeo, scripts, e que mantém comunicações com diversos serviços adicionais.
Fisher diz que este é o momento ideal para se mudar do Chrome para uma coisa nova, especialmente depois de sentir que na Google não existe real vontade de passar para “a próxima etapa” daquilo que poderia ser a web e a internet, em vez disso preferindo manter as coisas tal como estão, focando-se em manter os utilizadores centrados na pesquisa da Google e os seus serviços.
O Arc é um browser que, desde logo, não será consensual. Não só o seu interface é diferente, como apresenta um novo paradigma do que é “navegar pela web”. Mais do que um browser, poderá mais facilmente ser equiparado a um sistema operativo para a web, em que as páginas / web apps são processos ao estilo dos programas que se correm num sistema operativo tradicional. Em cima disso, permite facilmente criar anotações e apontamentos, e até criar mini-sites que podem ser facilmente partilhados, e outras coisas como um modo PiP (picture-in-picture) que permite continuar a ver algo como um vídeo do YouTube numa janela flutuante enquanto se visitam outras páginas.
É perfeitamente natural ficar-se céptico quando surge qualquer coisa que promete “revolucionar” o mundo, mas este pelo menos parece reunir as condições para merecer o benefício da dúvida.
<iframe width=”558″ height=”352″ src=”https://www.youtube.com/embed/v0160IirdL4″ title=”videofile_ : the internet computer” frameborder=”0″ allow=”accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture” allowfullscreen></iframe>
(Ptnik)