“Julgo que devemos começar a pensar fora da caixa em muitas destas coisas. Antes de mais, se vamos avançar com a exploração humana, temos de colocar o ‘humano’ na equação”, afirma Bob Farmer, o piloto que trouxe a Crew-4 da SpaceX de volta à Terra, a 14 de outubro. Farmer congratulou o facto de haver já várias propostas a serem estudadas e testadas, como os desenhos de voos comerciais de baixa órbita da Nanoracks, da Northrop Grumman e da Blue Origin, em parceria com a Sierra Space, além da encomenda de uma estação privada à Axiom Space. O astronauta recomenda, no entanto, que possam ser criadas e testadas novas tecnologias para serem usadas nas estações espaciais comerciais, que permitam ter uma experiência a bordo mais confortável.
As palavras de Farmer foram apoiadas por Jessica Watkins, especialista da mesma missão e que chegou mesmo a publicar um trabalho científico enquanto esteve no espaço. Watkins sugere que o próximo desenho da estação inclua uma cúpula que permita ver em 360 graus, semelhante à que a Estação Espacial Internacional recebeu em 2010. Esta cúpula permite aos astronautas “olhar pela janela e ver a Terra por baixo, realizar observações científicas (…) dando mais oportunidades de interação com o ambiente em que estão, seja uma vista da Terra, da Lua ou mais além”, cita o Space.com
Já Samantha Cristoforetti, que liderou a Expedition 68 e realizou duas missões no espaço, pede que a nova arquitetura seja mais flexível, especialmente porque se vai destinar a ser usada e desfrutada por turistas espaciais. “Vamos transitar para estações espaciais comerciais e ter passageiros que não estão a voar para o espaço como profissionais, mas para lazer”, conta a veterana.
(Exameinformqatica)